Na sexta-feira, as autoridades locais indicaram que 52 pessoas haviam morrido no ataque que ocorreu na província do Baluchistão.
Hoje, as autoridades paquistanesas anunciaram que duas pessoas gravemente feridas no atentado morreram durante a noite em hospitais da região.
Um suposto bombista suicida, ou bombistas suicidas, fizeram-se explodir na sexta-feira entre uma multidão no distrito de Mastung. O ataque aconteceu numa área aberta perto de uma mesquita, onde cerca de 500 fiéis se reuniram após as orações de sexta-feira para uma procissão que iria celebrar o nascimento do profeta Maomé, conhecida como Milad-un-Nabi.
Foi um dos ataques mais mortíferos contra civis no Paquistão em meses. Quase 70 pessoas ficaram feridas, incluindo cinco que permanecem em estado muito grave, disseram as autoridades.
Ninguém assumiu a responsabilidade pelo ataque em Mastung, um distrito da província do Baluchistão. Entretanto, há suspeitas que um grupo regional do movimento ‘jihadista’ Estado Islâmico (EI) esteja envolvido no ataque.
O EI realizou um ataque dias antes na mesma área, depois de um dos seus comandantes ter sido morto na região.
Também na sexta-feira, uma explosão atingiu uma mesquita localizada nas instalações de uma esquadra da polícia em Hangu, um distrito na província de Khyber Pakhtunkhwa, no noroeste, matando pelo menos cinco pessoas e ferindo outras sete.
Não foi realizada qualquer detenção relacionada com o atentado de sexta-feira em Mastung, de acordo com Jawed Lehri, chefe de polícia da área.
A maioria dos mortos foi enterrada em cemitérios locais e os restos mortais de outros foram enviados para suas cidades de origem, afirmou Lehri.
O Presidente paquistanês, Arif Alvi, o primeiro-ministro, Anwar-ul-Haq Kakar, além de ministros, antigos legisladores, chefes de partidos políticos, grupos sociais e religiosos e membros da sociedade civil também condenaram amplamente o ataque em Mastung.
Os membros do Conselho de Segurança da ONU condenaram “os hediondos e covardes ataques terroristas suicidas no Paquistão” e “sublinharam a necessidade de responsabilizar os perpetradores, organizadores, financiadores e patrocinadores destes atos repreensíveis de terrorismo e levá-los à justiça”, segundo um comunicado.
O Presidente iraniano, Ebrahim Raisi, disse que tais ataques “mostram que os terroristas não têm outro objetivo se não criar uma divisão entre os muçulmanos”, segundo um comunicado divulgado pela televisão estatal.
“O povo paquistanês merece reunir-se e celebrar a sua fé sem medo de ataques terroristas”, referiu uma mensagem da embaixada dos EUA em Islamabad publicada na rede social X (antigo Twitter).
Lusa