Aquela entidade informou, em comunicado divulgado na sua página na internet, que a ação foi aprovada em reunião ordinária realizada na segunda-feira.
"É essencial uma visita oficial às cidades de Pacaraima e Boa Vista (Brasil) e Cucuta (Colômbia), a fim de atender no terreno à situação e fazer planos de ajuda humanitária que beneficie os venezuelanos que fogem da crise", disse o Presidente do Paraguai, Thomas Bittar, numa conferência de imprensa coletiva.
Atualmente, o Paraguai exerce a presidência rotativa do Mercosul, um bloco económico fundado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
"O Parlamento demonstrou sua preocupação com a situação dos imigrantes venezuelanos na fronteira com o Brasil, onde seus assentamentos e poucos bens foram destruídos", acrescentou o órgão.
No último sábado, a cidade de Pacaraima, localizada na fronteira do Brasil com a Venezuela, foi palco de confronto entre moradores do município e cerca de 2.000 imigrantes venezuelanos que se instalaram em um acampamento improvisado.
O Parlamento do Mercosul informou que "pediu a paz e declarou a sua vontade de enviar uma missão para aliviar a situação e fazer a sua parte na busca de soluções" para aquela crise.
Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM) nos últimos 18 meses mais de dois milhões de venezuelanos emigraram para várias partes do mundo, sendo que a maioria deles, 1,5 milhões emigraram para países da América do Sul.
De acordo com estimativas das autoridades brasileiras, cerca de 60 mil venezuelanos entraram no país por Pacaraima no último ano e meio, fugindo da crise política e económica na Venezuela.
Grupos numerosos de venezuelanos estão a viver em condições precárias em Pacaraima ou na cidade de Boa Vista, capital de Roraima, facto que gerou uma crise humanitária neste estado que é um dos mais pobres do Brasil.
O Governo central brasileiro criou campos de acolhimento e também anunciou planos para ajudar os venezuelanos reiniciarem as suas vidas em outras partes do país.
Até agora, no entanto, apenas cerca de 800 venezuelanos foram acolhidos em cidades como São Paulo, Manaus, Brasília e Rio de Janeiro.
LUSA