Na homilia, Francisco instou os jovens a encontrar a “coragem de ir contracorrente”, precisando que tal não é “ir contra alguém”, como fazem aqueles que se vitimizam e os conspiradores, que “atiram sempre as culpas aos outros”.
Desafiando os jovens a ir “contra o mal com a única força mansa e humilde do bem, sem atalhos, nem falsidade”, o Papa salientou que o mundo, “ferido por tantos males, não necessita de mais pactos ambíguos de gente que vai daqui para ali como as ondas do mar, de quem está um pouco à direta e um pouco à esquerda, depois de ter cheirado o que lhe convém”.
“Não, queridos jovens. Sejam livres, autênticos, sejam a consciência crítica da sociedade”, apelou Francisco, dizendo aos jovens que não têm de ter medo da crítica: “Como os que criticam que estamos a poluir” o planeta, continuou.
O Papa manifestou, igualmente, a sua gratidão aos jovens quando sonham.
“Obrigado pelas vezes que são capazes de continuar a sonhar com coragem, pelas vezes que não deixam de acreditar na luz, mesmo nas noites da vida, pelas vezes que se comprometem com paixão para tornar o nosso mundo mais bonito e humano”, afirmou.
Francisco agradeceu ainda aos jovens que “cultivam o sonho da fraternidade, pelas vezes que se preocupam com as feridas causadas à criação, pelas vezes que lutam pela dignidade dos mais débeis e espalham o espírito da solidariedade e da partilha”.
“Num mundo que, reduzido pelo benefício imediato, tende a sufocar os grandes ideais, vocês não perdem a capacidade de sonhar. Isto ajuda-nos, a nós adultos e à Igreja. Sim, também como Igreja precisamos de sonhar”, acrescentou.
Hoje, solenidade de Cristo-Rei, a Igreja Católica celebra o Dia Mundial da Juventude a nível local, enquanto aguarda pela Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa, em agosto de 2023.