“Rezo por todos, para que os italianos sigam em frente e para que se unam e sejam leais”, declarou o pontífice em resposta aos jornalistas na viagem de regresso da Roménia ao Vaticano, numa alusão ao resultado dos diferentes partidos da extrema-direita em Itália nas últimas eleições europeias, superior a 40% dos votos escrutinados.
“Devemos ajudar os políticos a serem honestos (…). Um político não deve nunca semear o ódio e o medo, nunca. Apenas a esperança, com retidão e exigência, mas a esperança”, afirmou o Papa, citado pela agência France Press, numa resposta a uma questão sobre Matteo Salvini, líder da Liga, vice-primeiro-ministro e ministro do Interior.
Numa referência à Europa, a “mãe Europa que é hoje a envelhecida avó Europa”, o Papa Francisco apelou a que seja retomado o sonho europeu: “Rezem pela Europa. A Europa precisa de ter a sua identidade própria, a sua unidade (…), de ultrapassar as divisões e as fronteiras. Vemos fronteiras na Europa e isso não é bom”.
“Por favor, que a Europa não se deixe vencer pelo pessimismo ou pelas ideologias. Neste momento, a Europa está a ser atacada não por canhões ou bombas, mas por ideologias”, insistiu, numa alusão às divisões "de 1919 e de 1932 a 1939".
LUSA