“Isso não é uma corrida, é um serviço”, acentuou o Papa.
A este propósito disse aos novos sacerdotes: "se tu viras funcionário" e "quando o padre se torna empresário, seja da freguesia, seja da escola, perde aquela proximidade com o povo" para acabar por se tornar "empresário, padre empresário, não servo (de Deus)", quando na realidae os sacerdotes "são pastores".
No final da cerimónia, celebrada no altar-mor da Basílica de São Pedro, o da Cátedra, que não era usado desde o início da pandemia, o Papa beijou as palmas das mãos dos novos padres.
De seguida, num gesto de proximidade, aproximou-se dos numerosos familiares e amigos dos novos sacerdotes que ocupavam os primeiros bancos da Basílica. Ali, já sem máscara, Francisco apertou-lhes a mão, conversou com muitos de forma descontraída e até acariciou os cabelos de algumas crianças e idosos.
Entre os nove padres ordenados pelo Papa, está Samuel Piermarini, um jovem italiano que surgiu nos `media´ nos últimos dias por causa da sua história invulgar: foi chamado para ser jogador profissional de futebol, mas decidiu não assinar pelo clube que lhe oferecia essa possibilidade e no ano seguinte ingressou no seminário.
Também entre os novos padres ordenados estão o ex-cineasta italiano Riccardo Cendano, que, aos 40 anos, resolveu mudar a sua vida, o colombiano Diego Armando Barrera Parra, 27, e o brasileiro Mateus Enrique Ataide de Cruz, de 29 anos.