“Agradeço-vos, irmãos bispos e sacerdotes, por permanecerem perto de vosso povo, apoiando-os”, disse o Papa Francisco no primeiro dia de sua visita a um país devastado durante quarenta anos por guerras.
A comunidade cristã do Iraque, que em 2003 era composta por 1,5 milhões de fiéis, tem vindo a decrescer, mas o Papa defendeu que "a comunidade católica no Iraque, embora pequena como um grão de mostarda, (deve continuar) para enriquecer a marcha do país como um todo".
O Papa Francisco iniciou hoje uma visita de quatro dias ao Iraque, a primeira de um papa a um país muçulmano de maioria xiita, numa missão em que se apresenta como "peregrino da paz".
"Venho como peregrino (…) para implorar ao Senhor perdão e reconciliação, depois de anos de guerra e terrorismo (…) e eu venho entre vós como peregrino de paz", sublinhou o Papa, na quinta-feira, numa mensagem de vídeo publicado na véspera da sua partida.
Apesar da visita ser uma das mais difíceis e arriscadas do seu pontificado, Francisco tem como objetivo estar perto da comunidade cristã do país, brutalmente perseguida pelos extremistas do EI durante pelo menos três anos.
Sob alta proteção e movimentando-se sozinho e com máscara facial, para cumprir as regras de proteção contra a covid-19, o pontífice, de 84 anos, afirmou querer confortar uma das comunidades cristãs mais antigas do mundo, enfraquecida pela violência e pela pobreza.
C/Lusa