Em conferência de imprensa, após uma reunião de política monetária do BCE, Lagarde considerou que "o começo das campanhas de vacinação na zona euro é uma etapa importante para a resolução da atual crise sanitária, mas a pandemia continua a criar riscos sérios para as economias da zona euro e mundial".
O ressurgimento de casos de covid-19 e o prolongamento das medidas de restrição impostas em muitos países da zona euro "afetam a atividade económica", segundo Lagarde.
Nesta reunião, o BCE decidiu manter as taxas de juro e o volume do programa de compras de dívida de emergência lançado devido à pandemia, que foi reforçado em dezembro e tem agora uma dotação de 1,85 biliões de dólares, para apoiar a economia da zona euro, numa altura em que os confinamentos são prolongados.
Lagarde acrescentou que "a produção provavelmente recuou no quarto trimestre" e que "a intensificação da pandemia apresenta riscos negativos para as perspetivas económicas a curto prazo".
A inflação continua muito baixa devido a uma procura débil e a uma estagnação significativa no mercado laboral. Os últimos dados disponíveis confirmam que a pandemia vai ter um impacto "acentuado na economia a curto prazo" e vai debilitar a inflação de forma prolongada, indicou.