O porta-voz da Presidência da Autoridade Palestiniana, Nabil Abu Rudeina, declarou que o “O Estado palestiniano existe” e conta com o reconhecimento de 145 Estados-membros das Nações Unidas.
Citado pela agência palestiniana Wafa, Abu Rudeina disse que posição de Israel confirma que a coligação governamental liderada por Benjamin Netanyahu “quer atirar a região (Médio Oriente) para o abismo”.
Da mesma forma, o porta-voz também criticou os Estados Unidos pelo “apoio ilimitado” que presta a Israel.
Abu Rodeina frisou que o Governo de Israel “não está preocupado com a paz” defendendo o estabelecimento de um Estado palestiniano independente, com capital em Jerusalém Oriental e com o regresso às fronteiras de 1967″.
Também o secretário do Comité Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Hussein al Sheij, disse que a decisão do Knesset (Parlamento de Israel) “confirma o racismo do Estado ocupante assim como o desprezo (de Israel) pelo Direito Internacional e as leis internacionais”.
Al Sheij frisou que Israel “insiste na ocupação” e pediu à cúpula palestiniana “políticas audazes e decisivas” no sentido da “solução dos dois Estados”.
A votação no Knesset votou maioritariamente a favor da resolução que rejeita a criação do Estado Palestiniano e qualquer tipo de negociações nesse sentido considerando que se trata de um “perigo para a existência do país (Israel)”.
De acordo com o jornal Times of Israel, 68 deputados votaram a favor: membros dos partidos da coligação governamental, formações políticas de direita, do centro e da aliança Hadash al Ta’al, formada por socialistas e árabes israelitas.
Nove deputados votaram contra a resolução e os deputados do partido de esquerda Yesh Atid abandonaram o Knesset em sinal de protesto contra o Governo.
Os deputados que votaram a favor justificaram a decisão com o receio de que o Hamas venha a tomar o poder de um eventual Estado palestiniano para o transformar numa “base de terror islâmico radical”, trabalhando em “coordenação” com o Irão para destruir Israel.
Em fevereiro passado, o Parlamento israelita também aprovou por larga maioria a rejeição do “reconhecimento unilateral” do Estado palestiniano.
Lusa