Num texto que lembra que os “profissionais de saúde são as pessoas que poderão ajudar melhor a esclarecer as suas dúvidas”, a direção da SPP reconhece ser “natural que os pais tenham dúvidas sobre se devem ou não administrar a vacina aos seus filhos, dado tratar-se de uma vacina recente e, sobretudo, pelos comentários, maioritariamente desapropriados, que circulam nas redes sociais”.
Apesar de ser habitualmente assintomática nesta faixa etária, a SPP frisou que “as crianças têm sido fortemente prejudicadas na pandemia devido aos confinamentos sucessivos que afetam seriamente a sua aprendizagem e saúde mental e aumentam o risco de pobreza e de maus-tratos”.
Por isso, “espera que a vacinação das crianças deste grupo etário se associe a diminuição do risco da doença e das suas complicações e que as crianças vacinadas possam ser consideradas como contactos de baixo risco, na presença de um caso positivo na comunidade escolar, contribuindo assim para a redução significativa do impacto na saúde mental e educacional destas crianças, cujos efeitos a longo prazo serão certamente muito negativos”.
A SPP referiu, ainda, que “atualmente já receberam a primeira dose de vacina mais de cinco milhões de crianças na faixa etária dos 5 aos 11 anos em todo o mundo e não foram reportados efeitos adversos graves”, com os reguladores internacionais a manterem a vigilância sobre eventuais efeitos raros que possam surgir.
Cerca de 77 mil crianças de 9, 10 e 11 anos começaram hoje a ser vacinadas em Portugal contra a covid-19, um processo que se prolonga pelo fim de semana, com os centros reservados apenas para esta faixa etária.
Este fim de semana é o primeiro período destinado a vacinar os menores entre os 5 e os 11 anos, com o Governo a estimar que as segundas doses da vacina pediátrica da Pfizer sejam administradas entre 05 de fevereiro e 13 de março do próximo ano.
As crianças com comorbilidades terão prioridade para serem vacinadas, independentemente da idade, desde que tenham prescrição médica, bastando que se se dirijam aos centros para receberem a vacina contra o SARS-CoV-2.