Leopoldo López Gil, que vive em Madrid há quatro anos, descreveu como "terrível" a situação económica, social e política da Venezuela, que "se agravou" durante a atual Presidência de Nicolás Maduro, que está à frente do país desde 2013.
O filho de Leopoldo López Gil, o líder opositor Leopoldo López, está em prisão domiciliar e foi condenado a 14 anos de prisão.
Em declarações aos jornalistas pouco antes de participar numa conferência sobre "Os Perigos do Populismo" organizada pelo Partido Popular (PP) das Astúrias, em Gijón, Lopez Gil pediu "o retorno da democracia à Venezuela".
Lopez Gil sublinhou a alta taxa de inflação, a falta de liberdades e as violações dos direitos humanos como elementos característicos do "regime populista" venezuelano.
O pai do líder opositor assegurou que o índice de preços ao consumidor subiu 465% nos últimos dois meses e que a moeda nacional, o bolívar, perdeu oito zeros desde que Hugo Chávez assumiu a Presidência (de 1999 a 2013).
López Gil disse que a situação é agravada pela falta de comida e pelo clima de violência que existe nas cidades e vilas.
Explicou ainda que, nos últimos anos, houve um aumento da violência devido a crimes comuns e assassínios por motivos políticos.
López Gil acrescentou que as organizações de direitos humanos registaram 30 mil mortes causadas por criminosos comuns e grupos paramilitares desde o início da chamada "Revolução Bolivariana".
O pai de Leopoldo López também denunciou que o regime de Maduro impede o exercício da liberdade de imprensa controlando os meios de comunicação.
Sobre a situação de seu filho Leopoldo López, explicou que está em prisão domiciliar sem poder receber a visita de seu advogado, amigos ou associados políticos.
LUSA