“Desconfinar direitos, afastar preconceitos” é o lema da 22.ª Marcha do Orgulho LGBTI+ de Lisboa, que “traz à luz os efeitos agravados e sentidos pela sua comunidade após um ano de pandemia”, segundo um comunicado da organização da marcha.
Segundo a organização, os participantes marcham por menos precariedade laboral, melhor acesso à habitação, melhor acesso à saúde, sobretudo à saúde sexual, pela autodeterminação de género sem necessidade de avaliação médica e pela “urgência de uma resposta estatal” para problemas sociais que a comunidade LGBTI enfrenta.
“Uma resposta tanto a nível de recursos sociais, como educativos e políticos, de denúncia e inviabilização da extrema-direita que atenta contra os direitos LGBTI+, pondo a nossa própria existência em risco. Continuamos a ver os nossos direitos desiguais, onde ainda não podemos existir na vida pública de forma pacífica”, defendem os 14 coletivos que organizam a marcha.
Referem ainda que vão levar para a rua temas como o racismo e a xenofobia “que ainda permeiam a nossa sociedade, bem como a luta antipatriarcal e anticapitalista, migrante e contra os abusos de poder institucionalizado”.
A marcha, que costumava partir do Príncipe Real, arranca este ano, excecionalmente, da rotunda do Marquês de Pombal, pelas 18:00, percorrendo a avenida da Liberdade em direção à praça dos Restauradores, onde será montado um palco a partir do qual os coletivos que compõem a organização vão falar aos participantes.
“O percurso foi escolhido para permitir que todas as pessoas participantes consigam manter entre si a distância de segurança devida. Adicionalmente, a organização pede que se use máscara durante todo o percurso e que se desinfetem as mãos com frequência”, refere o comunicado.
A comissão organizadora integra as associações e coletivos: Amplos, APF, Clube Safo, GAT, GTP, ILGA Portugal, Opus Diversidades, Panteras Rosas; PolyPortugal, Por Todas Nós, QueerIST, Queer Tropical, Rede Ex-Aequo, TransMissão.