Guaidó anunciou também que a oposição está pronta para avançar com um acordo para “salvar a Venezuela” da crise em que está submersa.
“Uma delegação da Noruega esteve este ano duas vezes na Venezuela. Estamos em conversações para que venham o mais rápido possível, para avançar no processo para conseguir um acordo de salvação nacional”, disse Guaidó durante um encontro com representantes de vários partidos políticos venezuelanos e antigos deputados.
Juan Guaidó disse que a oposição está pronta “para iniciar o processo e chegar a um Acordo de Salvação Nacional” e voltou a insistir em que o país precisa de eleições livres e transparentes.
“Vamos salvar a Venezuela: é necessário e também urgente. Digo ao regime que se ponham de acordo, nós já estamos prontos para alcançar um acordo de salvação nacional”, afirmou.
“Isto (o acordo) não surgiu em um dia. É uma proposta que temos construído durante anos e que passa, por exemplo, por ter uma interlocução legítima (…) sabemos o que estamos enfrentando; Não confiamos na ditadura e por isso precisamos de toda a ajuda, que até agora temos, da Comunidade Internacional”, adiantou.
Segundo o político venezuelano, a oposição tem “uma rota viável e clara, com o apoio da comunidade internacional".
"Sabemos quem são os que estão a bloquear a solução”, disse.
Em 12 de maio, Juan Guaidó propôs avançar com um “acordo de salvação nacional” entre as “forças democráticas” e o Governo de Nicolás Maduro que inclua um calendário para eleições livres e levantamento progressivo das sanções internacionais.
O plano proposto por Guaidó prevê também “a entrada maciça de ajuda humanitária e vacinas contra a Covid-19; garantias para todos os atores das forças democráticas e também do ‘chavismo’, com mecanismos para a reinstitucionalização da Venezuela, a libertação dos presos políticos, justiça de transição e o levantamento progressivo das sanções” internacionais.
O Presidente Nicolás Maduro reagiu e anunciou estar disposto a dialogar, quando a oposição quiser “com a ajuda da União Europeia, os EUA, da Noruega e do Grupo de Contacto” para ver se a oposição deixa “o caminho da guerra e se junta ao eleitoral”.
Maduro disse também que pedirá que sejam devolvidos os recursos e ativos do país que estão retidos em países cujos governos apoiam Juan Guaidó.
A Noruega já foi, em 2019 e sem sucesso, mediadora de um processo de diálogo entre o Governo venezuelano e a oposição.