Intervindo na abertura de uma conferência virtual sobre o reforço do papel da UE na saúde global, através de uma mensagem gravada, Tedros Ghebreyesus começou por saudar o "papel fundamental" que o bloco comunitário e os seus Estados-membros desempenharam durante a pandemia.
"Desde liderar o desenvolvimento da resolução histórica sobre covid-19, na última Assembleia Mundial da Saúde, (…) a liderar discussões em torno de um novo tratado internacional sobre preparação e resposta à pandemia", afirmou.
Ao mesmo tempo, o diretor-geral da OMS destacou o "apoio da equipa Europa" na distribuição de "mais de 32 milhões de vacinas por 57 países" através da Covax, uma iniciativa coliderada pela Aliança Gavi – uma organização internacional atualmente presidida por Durão Barroso -, pela Coligação para a Inovação na Preparação para Epidemias (CEPI, na sigla em inglês) e pela OMS.
"É um começo, mas está longe de ser suficiente", assinalou, apontando que "a diferença está a crescer entre o número de vacinas administradas em países de rendimento alto e médio alto e o número administrado em países de baixo rendimento".
Nesse sentido, Tedros Ghebreyesus sublinhou a necessidade de "todos os países e empresas trabalharem juntos para (…) produzir e garantir que as vacinas sejam uma fonte de esperança para todos, não esperança para alguns".
O papel da UE na saúde global, porém, "vai além da atual pandemia", apontou, pois a pandemia "demonstra que, quando a saúde está em risco, tudo está em risco".
Segundo o líder da OMS, a saúde é "a base de sociedades saudáveis, resilientes, inclusivas e sustentáveis".
Por isso, "muitos Estados-membros da UE, incluindo Portugal, são a prova viva de que uma atenção primária e sólida à saúde é a base essencial da cobertura universal de saúde e da segurança da saúde", frisou.