"Todos queremos deixar a pandemia para trás, mas por muito que queiramos, ainda não acabou", alertou Tedros Adhanom Ghebreyesus, na conferência de imprensa semanal dos responsáveis da OMS pelo combate à pandemia.
Segundo disse o responsável, a vaga de novas infeções pelo coronavírus SARS-CoV-2 na Ásia, juntamente com o número de casos registados na Europa, está a fazer com que a contabilização global de casos positivos volte a aumentar, após um mês em queda.
Além disso, "alguns países estão a registar as taxas de mortalidade mais elevadas desde o início da pandemia", salientou Tedros Adhanom Ghebreyesus, atribuindo essa situação à velocidade de transmissão à Ómicron, uma variante do coronavírus "especialmente perigosa para pessoas idosas não vacinadas".
"Até atingirmos uma elevada taxa de vacinação em todos os países, continuaremos a correr o risco de um aumento de infeções, com a possibilidade de surgirem novas variantes capazes de evitar vacinas", alertou o diretor-geral da OMS.
De acordo com a organização, 64% da população mundial recebeu pelo menos uma dose das 11 mil milhões de vacinas administradas a nível global, embora essa percentagem desça para 14% nos países de baixo rendimento.
O mundo registou na última semana uma redução de 23% no número de mortes por covid-19, o valor mais baixo desde finais de março de 2020, apesar de as infeções globais terem voltado a aumentar 7%, para mais de 12 milhões.
Lusa