O alerta foi deixado pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na videoconferência de imprensa regular sobre a pandemia da covid-19, transmitida da sede da organização, em Genebra, na Suíça.
Segundo o dirigente da OMS, o Covax entregou à data 65 milhões de doses a 124 países, mas tem até ao fim de junho um défice de 190 milhões de doses.
Tedros Adhanom Ghebreyesus voltou a pedir aos países ricos que doem ao Covax doses compradas em excesso e que os fabricantes "honrem os seus compromissos" e "façam entregas" de vacinas "o mais rápido possível", estabelecendo inclusive acordos com empresas fabris que possam acelerar a sua produção.
"Precisamos de vacinas agora!", frisou.
De acordo com o diretor-geral da OMS, a farmacêutica Pfizer comprometeu-se a entregar ao Covax 40 milhões de doses em 2021, mas a maior parte só estará disponível durante o segundo semestre do ano.
A empresa de biotecnologia Moderna acordou a entrega de 500 milhões de doses ao Covax, mas a maioria só chegará em 2022.
"Pedimos que entregue milhares de doses ainda em 2021", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus.
O médico etíope pediu, ainda, "financiamento imediato" para o plano de resposta da OMS à pandemia, para poder acorrer aos países mais afetados.
"A pandemia está longe de acabar", relembrou, evocando a falta de vacinas e oxigénio médico e a disseminação de variantes do coronavírus SARS-CoV-2.
C/Lusa