“Desde 6 de dezembro, tem-se verificado um crescimento exponencial na proporção de casos prováveis da variante Omicron, tendo atingido uma proporção estimada de 82,9% no dia 29 de dezembro”, referem as “linhas vermelhas” da pandemia da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
Segundo o relatório hoje divulgado, entre 22 e 28 de dezembro, 61% dos casos notificados foram isolados em menos de 24 horas, quando na semana anterior este valor estava nos 84%.
Além disso, 39% de todos os casos notificados tiveram todos os seus contactos rastreados e isolados em 24 horas, avança a análise de risco das autoridades de saúde, que refere que, nos últimos sete dias, estiveram envolvidos diariamente no rastreamento, em média, 638 profissionais a tempo inteiro, mais 148 do que na semana anterior.
“A capacidade de rastreamento de contactos de casos revela sinais de pressão”, alerta o documento.
De acordo com as “linhas vermelhas”, nos últimos sete dias foram realizados mais de 1,5 milhões de testes da covid-19, enquanto na semana anterior tinham sido feitos cerca de 1,2 milhões de despistes.
A covid-19 provocou mais de 5,42 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.937 pessoas e foram contabilizados 1.358.817 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.