Este regime excecional e temporário de comparticipação de Testes Rápidos de Antigénio (TRAg) de uso profissional “permitiu realizar mais de 8,1 milhões de testes, o que correspondeu a um investimento superior a 118,8 milhões de euros" entre julho de 2021 e fevereiro, adiantou à Lusa a mesma fonte.
Segundo o ministério de Marta Temido, estes testes de despiste da covid-19 realizados nas farmácias e nos laboratórios, que começaram a ser comparticipados a 10 euros e depois a 15 euros, deixaram de ser gratuitos a partir de domingo, tendo em conta a “evolução positiva” da pandemia no país.
“Face à evolução positiva da situação epidemiológica de covid-19 em Portugal e considerando a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde, deixa de ser promovida a intensificação da realização de testes para deteção do SARS-CoV-2”, adiantou o Ministério liderado por Marta Temido em resposta à Lusa na sexta-feira.
A portaria que vigorou até ao último sábado não foi prorrogada, mas o Ministério assegurou que “os cidadãos continuarão a ter acesso a testes gratuitos”, no âmbito da norma 019/2020 da Direção-Geral da Saúde, que foi atualizada em fevereiro.
Segundo esta norma, perante a evolução positiva da pandemia e a elevada taxa de vacinação em Portugal, é possível progredir para medidas de saúde pública especialmente focadas na prevenção da doença covid-19 grave, o que inclui a estratégia de testagem do coronavírus SARS-CoV-2.
Esta estratégia passou a ser mais dirigida para o diagnóstico da covid-19 em pessoas sintomáticas e para o rastreio da infeção por SARS-CoV-2 em locais de especial risco, como unidades de saúde e instituições de populações vulneráveis.
Mais de 1.400 farmácias, quase 720 laboratórios de análises clínicas e cerca de 150 outras entidades autorizadas pela Entidade Reguladora da Saúde aderiram a este regime de comparticipação dos TRAg de uso profissional.
Segundo o relatório de sexta-feira sobre a situação epidemiológica em Portugal, entre 19 e 25 de abril foram realizados mais de 260 mil testes, uma redução face aos quase de 265 mil despistes feitos na semana anterior, com uma taxa de positividade de 24,2%, bastante acima do limiar de 4% e com tendência crescente.
Lusa