Na opinião da CBI, as empresas precisam de uma nova política de imigração após o ‘brexit’ que evite a exigência de vistos para os cidadãos comunitários e que enfatize a contribuição económica que os migrantes podem dar no Reino Unido.
Escolas e hospitais deviam receber financiamento adicional em regiões onde há uma alta procura por vagas devido ao aumento da imigração, considera a CBI num relatório intitulado "Aberta e Controlada – Uma Nova Abordagem à Imigração".
A confederação fez esta recomendação numa altura em que permanece a incerteza sobre se Londres e Bruxelas conseguem chegar a um acordo sobre os termos da retirada britânica do bloco europeu – em março de 2019 – e a futura relação comercial entre ambas as partes.
O governador do Banco de Inglaterra, o canadiano Mark Carney, defendeu recentemente que é possível que não haja acordo para a saída do Reino Unido da UE.
O diretor geral da CBI, Josh Hardie, disse hoje que as empresas consultadas – 12 mil de 18 setores diferentes – enfatizaram a importância da imigração e têm um sistema que lhes permite contratar o pessoal de que necessitam.
"Isso não é mais um debate teórico, é sobre o futuro do país e a abertura e o controle (da imigração) não devem ser apresentados como opostos", acrescentou o executivo.
"Muitos setores já enfrentam escassez (de pessoal), de enfermeiras a técnicos de software", sublinhou.
O Reino Unido e a UE pretendem chegar a acordo sobre o quadro das futuras relações bilaterais para o Conselho Europeu de outubro, embora, no momento, existam diferenças em relação à última proposta enviada por Londres a Bruxelas, no passado dia 12 de julho.
Esse plano, conhecido como "Chequers", contempla, entre outras coisas, a criação de um mercado comum de bens e produtos agrícolas, o que levaria a alfândega britânica a arrecadar impostos em nome dos 27, algo que não é bem visto por alguns deputados.
LUSA