Filho da fadista Lucília do Carmo e de Alfredo Almeida, Carlos do Carmo nasceu em Lisboa a 21 de dezembro de 1939.
Cresceu no meio artístico, entre guitarras e grandes vozes, na casa de fados que os pais fundaram em 47. Mas o fado só se tornou destino anos mais tarde.
Das aparições frequentes na televisão destaca-se aquela edição histórica do Festival da Canção de 1976. Carlos do Carmo foi o intérprete de todas as canções e representou Portugal na Holanda com o tema "Uma flor de verde pinho".
O reconhecimento chega-lhe pelas mãos de presidentes da República. Vem de Espanha com o prémio Goya na categoria de melhor canção original com o fado da Saudade.
Em 2014 Carlos do Carmo torna-se o primeiro português a receber um Grammy latino de carreira.
2019 marca o adeus aos palcos. Uma despedida assinalada também em estúdio com a ideia de um novo disco.
Este será o ano da despedida, sem amarguras, com muita gratidão e generosidade.
A 2 de novembro subiu ao palco do Coliseu do Porto e a 9 deu o derradeiro concerto no Coliseu de Lisboa, cidade que sempre cantou como ninguém.
Uma sala esgotada viu Carlos do Carmo receber a medalha de Mérito Cultural e a Chave de Lisboa.
Mas a maior homenagem está no eterno aplauso de agradecimento.