No âmbito do dia nacional da língua gestual, que se comemora em 15 de novembro, a presidente da direção da ATILGP, Susana Barbosa, considerou em declarações à Lusa que o mercado de tradutores tem crescido bastante nos últimos anos, assim como o número de intérpretes.
No entanto, a ausência de profissionais na área ainda se faz sentir, havendo “uma necessidade grande de intérpretes em diferentes serviços”.
“Precisamos de investir na criação de postos de trabalho para este profissional nos diferentes contextos sociais de forma a proporcionar o total acesso à comunicação da pessoa surda”, afirmou Susana Barbosa.
A estimativa de pessoas licenciadas na área, segundo a ATILGP, é de 332 mulheres e 41 homens, embora não possa “confirmar as que estão a exercer a profissão”.
A ATILGP é uma associação que presta serviços de interpretação de e para a língua gestual portuguesa, de forma a assegurar que a comunidade surda possa frequentar os serviços públicos e privados.
“A inclusão é importante para todos, deveríamos tornar acessíveis todos os contextos sociais e educativos”, acrescentou a presidente da associação, referindo que “a ausência do intérprete nos diferentes contextos sociais é uma limitação diante de todas as conquistas da comunidade surda. O surdo tem direito à acessibilidade por meio de um intérprete”.
Relativamente às dificuldades inerentes à profissão, a presidente da direção refere que é fundamental “compreender a imagem da profissão perante a sociedade em geral, pois a valorização, a credibilidade e desenvolvimento futuro dependem da correspondente imagem da sociedade”.
Para a Associação, o dia nacional da língua gestual portuguesa representa uma “marca de anos de luta da comunidade surda”.
C/ Lusa