Apesar de o executivo do Botsuana ainda desconhecer o que causou a morte destes animais, os testes continuam e as autoridades já descartaram a caça furtiva e o antraz.
Entre as possíveis causas que as autoridades estão a avaliar, numa investigação que inclui a ajuda de laboratórios na África do Sul, Zimbabué, Grã-Bretanha e Estados Unidos, estão um novo vírus e o envenenamento.
No início de julho, autoridades e organizações não-governamentais do Botsuana anunciaram a morte de centenas de elefantes na região turística do Delta do Okavango durante os últimos meses, suspeitando de uma doença misteriosa.
Na altura, o diretor de parques nacionais e vida selvagem do Botsuana, Cyril Taolo, confirmou a morte de pelo menos 275 elefantes, enquanto um relatório da organização não-governamental Elefantes Sem Fronteiras (EWB) apontava para a morte de 356 elefantes naquela região.
Embora não tenha havido qualquer indicação de carcaças frescas ou sinais de que a mortalidade se tenha espalhado para além da área inicial, a equipa distrital que se encontra no terreno vai continuar a monitorizar a situação, a remover o marfim das carcaças e a levá-lo para custódia segura, bem como a destruir as carcaças que se encontram perto das aldeias e das povoações humanas, segundo o secretário permanente em exercício do Ministério do Ambiente, Conservação dos Recursos Naturais e Turismo, Oduetse Koboto.
Os resultados das investigações deverão ser conhecidos esta semana.
O Laboratório Nacional Veterinário do Botsuana não conseguiu ainda estabelecer as causas de morte dos animais, após examinar 281 carcaças de elefantes encontradas na popular zona do Delta do Okavango, no norte do país.
“É um dos maiores desastres com impacto nos elefantes deste século e logo num dos principais destinos turísticos de África”, disse o diretor do grupo de conservação National Park Rescue, Mark Hiley.
Localizado entre a Zâmbia, Namíbia e África do Sul, o Botsuana alberga cerca de 130.000 elefantes em liberdade, um terço da sua população africana conhecida.
C/Lusa