O Parlamento Europeu lançou hoje o ‘site’ “O que a Europa faz por mim?”, onde cada cidadão pode consultar o que Bruxelas fez quanto à sua região, profissão ou direitos, mas que, para já, contém alguns dados errados.
“Uma das questões mais frequentes que ouvimos é ‘O que faz a Europa por mim?’. Pois este ‘site’ dá respostas claras, detalhadas e à escala local”, disse o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, numa conferência de imprensa em Estrasburgo.
A iniciativa insere-se na campanha de comunicação para as eleições europeias de maio próximo e enquadra-se nas conclusões do último Eurobarómetro, segundo as quais 68% dos europeus considera que é bom pertencer à União Europeia (UE).
“São bons resultados, mas mesmo assim não chega. Queremos assegurar que cada vez mais europeus estão envolvidos […], queremos aproximar a UE dos cidadãos”, explicou.
O site está no endereço https://www.what-europe-does-for-me.eu/ e contém até agora 1.800 conteúdos, desde projetos financiados por fundos europeus a legislação europeia nas diferentes áreas.
Na área das regiões, para cada uma, são listadas iniciativas ou projetos que contaram com financiamento da UE, mas há dados que estão errados.
Um exemplo é, na região Centro de Portugal, a referência à recuperação das Aldeias Históricas com um financiamento europeu, entre 2016 e 2018, de 2,5 mil milhões de euros, embora a verba correta seja de 2,5 milhões.
Alertado o serviço de estudos do PE, foi iniciada a verificação de todas as fichas e correção do que não estiver correto, segundo fonte dos serviços de comunicação do PE.
No caso de Portugal, o ‘site’ inclui as regiões do Norte, Alto Minho, Alto Tâmega, Trás-os-Montes, Cávado, Ave, Porto, Tâmega e Sousa, Douro, Centro, Aveiro, Viseu Dão-Lafões, Beiras e Serra da Estrela, Coimbra, Leiria, Beira Baixa, Médio Tejo, Oeste, Lezíria do Tejo, Alto Alentejo, Lisboa, Alentejo Central, Alentejo Litoral, Baixo Alentejo, Algarve, Açores e Madeira.
Para cada uma são dados exemplos de financiamentos, abrangendo áreas como a saúde, educação, tratamento de água, criação de emprego, reabilitação de património, recuperação de habitats naturais, turismo, transportes, entre outras, e ‘links’ para os documentos detalhados, onde constam todos os projetos e financiamentos.
No caso do financiamento das Aldeias Históricas, os valores que constam dos documentos são os corretos.
Na área sobre os cidadãos, há mais de 100 categorias que vão dos criadores de gado aos estudantes, passando por desempregados, crianças, vítimas de terrorismo, deficientes, doentes, jovens empresários, consumidores, ativistas e passageiros.
Há ainda uma terceira área, designada “em destaque”, onde se pode aceder a mais informação sobre as políticas europeias.
LUSA