O anúncio foi feito esta sexta-feira no Telejornal da RTP-1.
Um cidadão sul africano residente em Lisboa, viajou até à capital pouco depois do Natal.
Acusou positivo a 7 de janeiro e as investigações detetaram a presença nova estirpe.
E esta não é apenas mais uma variante.
Especialistas internacionais dizem que poderá ser mais perigosa que a detatada no Reino Unido.
E as más noticias têm nome.
Erik, é o nome dado pelos cientistas à mutação sul-africana E 484K, que também está presente na estirpe brasileira.
Diz o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge que "alguns ensaios laboratoriais revelaram que esta variante poderá ser menos reconhecida por alguns anticorpos gerados no decurso de uma infeção, suscitando naturalmente uma preocupação acrescida."
Ou seja, a mutação poderá também potenciar reinfeções em pessoas que já tenham estado expostas ao vírus.
O Diretor do Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra diz que o país está perante um cenário cada vez mais difícil e que é urgente aumentar o controlo das fronteiras.
Carlos Robalo Cordeiro revela que é por isso mais importante do nunca cumprir as medidas de confinamento, porque quanto mais pessoas forem infetadas, maior a probabilidade de surgirem novas mutações e mais difícil se torna de combater a Covid-19.
Ainda nada é certo, mas há quem diga que esta nova estirpe poderá ser mais forte que as vacinas, algo que não surpreende os investigadores.
Diz o jornal The New York Times que a notícia é que ninguém esperava que isto acontecesse tão depressa.