Para este estudo, publicado na revista científica The Cryosphere, cientistas de cerca de 40 institutos modelizaram dois cenários de emissões de gases com efeito de estufa e o seu impacto nas massas de gelo da Gronelândia (Dinamarca) e da Antártida.
No primeiro cenário, por força da continuação regular do aumento das emissões, o degelo na Antártida fará subir até 30 centímetros o nível do mar.
Na Gronelândia, o derretimento da massa de gelo contribuirá para um aumento de 39 centímetros do nível dos oceanos.
Considerando o segundo cenário, de forte redução das emissões de gases com efeito de estufa, o degelo na Gronelândia poderá aumentar o nível das águas em três centímetros.
No continente gelado da Antártida, a superfície de gelo poderá, inclusive, crescer, baixando o nível do mar cerca de oito centímetros.
Um estudo anterior, publicado no início de setembro, na revista da especialidade Nature Climate Change, alertou para a possível subida do nível dos oceanos em 40 centímetros até 2100, ameaçando centenas de milhões de habitantes das zonas costeiras.
Em fevereiro, outro trabalho, que sintetiza modelos realizados por 27 institutos internacionais, estimou que só o degelo na Antártida poderá conduzir a um aumento até 58 centímetros do nível do mar até ao fim do século, caso o ritmo global das emissões de gases com efeito de estufa se mantenha inalterado.
Se as calotes glaciares da Antártida e da Gronelândia derretessem completamente, o nível das águas poderia subir 65 metros.
C/Lusa