“Não temos intenção nenhuma de recuperar produção a carvão”, garantiu o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, em conferência de imprensa, após reunião do Conselho de Ministros, onde foi aprovado o mecanismo ibérico para limitar o preço do gás para produção elétrica a cerca de 50 euros por megawatts-hora (MWh).
Para o governante, “recuar no carvão ou recuar no sentido de aumentar dependência dos combustíveis fósseis é recuar para a insegurança, para o preço mais alto, para a volatilidade”.
Portugal já não produz eletricidade a partir de carvão, desde o encerramento da produção termoelétrica da central do Pego, em Abrantes, em 2021.
Questionado sobre as declarações do ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, que, em audição na Assembleia da República, na quinta-feira, disse não ter ‘parti pris’ (preconceitos) com projetos de exploração de gás, Duarte Cordeiro vincou que o “o Governo tem um programa e vai seguir o programa que tem”.
“Nós, necessariamente, temos vantagens nas energias renováveis, elas são hoje as mais sustentáveis, as mais seguras, as mais competitivas. […] o futuro do nosso país passa pelo eólico, pelo solar, pelos gases renováveis, e é isso que nós temos que desenvolver, é isso que esta inscrito no PRR [Programa de Recuperação e Resiliência] e no programa de Governo”, afirmou Duarte Cordeiro.
“É esta linha, não é outra”, garantiu.