Magnus Olafsson fez parte da equipa da ONU que procurou armas de destruição em massa no médio oriente. Em 2005 a equipa recebeu o Prémio Nobel da Paz, o maior sinal de reconhecimento do trabalho realizado.
Em declarações à RTP Madeira o antigo diretor da ONU, garante terem feito tudo para evitar a guerra do Iraque “mas não tivemos êxito”, afirma com tristeza. Magnus Olafsson revela que “não encontrámos quaisquer armas de destruição maciça mas a guerra começou na mesma”. “E agora… 15 anos depois morreram meio milhão de pessoas, o que é muitíssimo triste. Há muita tristeza porque a guerra aconteceu. Lamento dizê-lo”.
Já em outubro de 2004 um relatório elaborado pelo chefe dos inspetores de desarmamento norte-americano no Iraque dava conta que “o antigo regime de Saddam Hussein não tinha armas de destruição maciça no momento da invasão liderada pelos Estados Unidos, em Março de 2003. O documento relativo à existência ou não de armas nucleares e bacteriológicas no Iraque, revela que o país de Saddam Hussein não só estava livre de armas de destruição maciça (ADM), como também não tinha qualquer plano concreto para fabricá-las.
Magnus Olafsson, antigo diretor da ONU, em entrevista à RTP Madeira, confirma os dados recolhidos antes da guerra do Iraque e salienta que “finalmente posso expressar as minhas opiniões, porque me reformei”. O Nobel da Paz está na Madeira. É um dos 386 jogadores no Open Internacional de Bridge da Madeira.