Os números ficam no entanto aquém dos cerca de quatro a cinco milhões, atingidos antes da pandemia, entre 2017 e 2019.
No ano de 2021, o conjunto de 25 equipamentos tutelados pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), reunindo museus, monumentos e palácios, tinha somado 1.346.250 visitantes, tendo-se registado um aumento de 1.993.166 visitantes (148,1%) entre esse ano e 2022, indicam os números oficiais.
Em 2020, registaram-se 1.295.528 entradas, o que revela uma recuperação gradual após o período das grandes restrições devido à pandemia covid-19, que provocou fortes perdas de visitantes e receitas, da ordem dos 70%.
O número de visitantes de 2022 ainda fica, no entanto, aquém da melhor marca pré-pandemia, obtida em 2017, com 5.072.266 entradas (+34,2% do que em 2022), e também de 2018, que tinha apontado 4.677.407 entradas (+28,6%), e de 2019, com 4.685.371 (+28,7%), de acordo com os dados estatísticos da DGPC.
Contactada pela Lusa sobre o balanço de visitantes, a DGPC toma como ano de referência 2017 – ano em que museus e monumentos nacionais ultrapassaram pela primeira vez os cinco milhões de entradas –, e sublinha que foram os monumentos os equipamentos que recuperaram mais em 2022, depois da pandemia, afastando-se, em média, -29% daquele valor, enquanto os museus tiveram -41% e os palácios -43,7%.
Quanto aos equipamentos culturais mais visitados neste universo de equipamentos culturais nacionais, o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, está no topo, com 870.321 entradas e a Torre de Belém, também na capital, somou 377.780 visitantes.
Ambos os monumentos estão classificados pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO, na sigla em inglês) como Património Mundial desde 1983.
O Mosteiro da Batalha destaca-se igualmente, com um total de 288.386 visitantes, no ano passado, e o Mosteiro de Alcobaça, com 193.881 entradas.
Nos monumentos sobressaem ainda o Convento de Cristo, em Tomar, também classificado como Património Mundial, em 1983, e considerado um dos mais importantes conjuntos monumentais em Portugal, que regista 260.871 visitas no ano passado.
Nos palácios, lidera o Palácio Nacional de Mafra – inscrito como Património Mundial em 2019 – que registou 189.694 entradas em 2022, seguido do Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, com 94.307 visitantes.
Em 2022, nos museus, o quadro estatístico indica que o Museu Nacional do Azulejo, em Lisboa, somou 202.900 visitantes, seguido do Museu Nacional dos Coches, também na capital, com 181.594 entradas, e do Museu Monográfico de Conímbriga, com 132.004 visitantes.
Ainda no universo dos museus nacionais, o Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, somou 98.626 entradas, o Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado registou 52.901, e o Museu Nacional de Arqueologia – encerrado desde 07 de fevereiro do ano passado para obras no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência – ficou-se pelos 46.803 visitantes.
O Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, registou 44.166 entradas e o Museu Nacional Grão Vasco, em Viseu, 33.479.
O Panteão Nacional, em Lisboa, somou 146.070 entradas, ainda segundo as estatísticas da DGPC enviadas à Lusa.
Em 2021, o Observatório Português de Atividades Culturais (OPAC) avaliou que, globalmente, o universo de 660 museus do país tinha sofrido uma perda entre 70 e 80 por cento de entradas devido às restrições impostas pela pandemia covid-19, tendo os visitantes ficado reduzidos praticamente aos nacionais.
Lusa