“Estou convencido de que os serviços de informações monitorizam adequadamente este espaço, partido do princípio de que a CIA e outros serviços de informações ocidentais não reduzem as suas atividades no nosso país”, afirmou Peskov.
No entanto, Peskov admitiu desconhecer a recente iniciativa da norte-americana Central Intelligence Agency (CIA), que lançou uma campanha televisiva e nas redes sociais para recrutar cidadãos russos descontentes com a guerra na Ucrânia e com as condições de vida pedindo para serem "confidentes" de Washington.
“Falando honestamente, ainda não analisámos isso. Não tenho informação nenhuma sobre isso”, disse o porta-voz presidencial.
O filme da campanha apresentado em "formato cinematográfico" é, de acordo com a estação de televisão norte-americana CNN, um "novo esforço para capitalizar" aquilo que os serviços de informações norte-americanos acreditam ser uma oportunidade "sem precedentes" para convencer os cidadãos russos descontentes com o conflito em curso na Ucrânia.
O material da campanha foi lançado numa conta da CIA na plataforma Telegram, uma rede social muito popular na Rússia e que difunde informações sem qualquer tipo de confirmação jornalística ou institucional.
O vídeo que termina com instruções sobre as formas de contacto com a CIA de forma anónima e segura também foi publicado em várias outras plataformas digitais e redes sociais como YouTube, Twitter, Instagram e Facebook.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).