Segundo o Serviço de Segurança Federal (FSB, na sigla original), “grupos de sabotadores ucranianos explodiram seis torres de alta tensão” de distribuição de energia da central nuclear de Kursk.
Os alegados ataques ocorreram em 4, 9 e 12 de agosto, segundo um comunicado do FSB, citado pela agência noticiosa espanhola EFE.
As linhas de alta tensão serviam para a central nuclear fornecer “energia à indústria, transportes, apoio à vida, infraestruturas sociais e da população, tanto na região como nas regiões vizinhas do país”.
“As ações dos sabotadores levaram a uma interrupção no processo tecnológico de funcionamento da central nuclear”, disse o FSB num comunicado divulgado pela agência russa Interfax.
As autoridades abriram uma investigação para tentar encontrar os autores e possíveis cúmplices.
Também foi reforçada a segurança das instalações nucleares do país, acrescentou o FSB, a principal agência responsável pela segurança do Estado e sucessora do KGB da antiga União Soviética.
A central nuclear de Kursk, construída na década de 1970, é constituída por quatro reatores nucleares, dos quais apenas três estão em funcionamento.
A central situa-se a uma centena de quilómetros a sudoeste da cidade ucraniana de Sumy.
Trata-se da segunda denúncia do género feita hoje pela Rússia, depois de o Ministério da Defesa ter admitido que explosões ocorridas de manhã num depósito de munições na Crimeia resultaram de um ato de sabotagem.
No caso da Crimeia, o ministério não identificou os responsáveis pela alegada sabotagem.
A Rússia anexou a península ucraniana da Crimeia em 2014, e tem usado a região para atacar a Ucrânia no âmbito da ofensiva que lançou contra o país vizinho em 24 de fevereiro deste ano.