Numa segunda declaração, o GUR afirmou que o navio de assalto anfíbio estava estacionado há dez dias perto de um muro de amarração especial, a partir do qual os russos “carregam os navios com armas e equipamento militar”.
De acordo com uma avaliação visual preliminar da operação, o navio “estava carregado durante o afundamento”.
O porta-voz do GUR, Andri Yusov, disse ainda ao Canal 24 da televisão ucraniana que “a maior parte da tripulação do ‘Caesar Kunikov’ destruído morreu”, adiantando que “o navio afundou-se e não pode ser recuperado”.
Horas antes, os serviços secretos militares ucranianos já tinham indicado, numa primeira declaração, que “a operação de busca e salvamento dos ocupantes [russos] não foi bem-sucedida”.
O navio era um dos mais recentes da frota russa e tinha capacidade para transportar 87 tripulantes, segundo o GUR, uma estrutura do Ministério da Defesa da Ucrânia, que não deu pormenores sobre o número de pessoas a bordo no momento do ataque.
Os serviços secretos militares ucranianos afirmaram que o “Caesar Kunikov” foi atacado por ‘drones’ (aparelhos não tripulados) navais ucranianos Magura V5 numa operação do Grupo 13 das forças especiais do GUR.
Em resultado do ataque, o navio sofreu furos significativos a bombordo e começou a afundar-se.
O GUR referiu ainda que a Rússia confirmou o afundamento através de comunicações via rádio de pilotos que sobrevoaram a área em helicópteros para a inspecionar.
Nesta comunicação intercetada, os pilotos alegadamente relataram que só viram “destroços e manchas de combustível”.
Hoje de manhã, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, revelou que “os ucranianos conseguiram provocar grandes perdas à Marinha russa no Mar Negro”, durante uma operação que descreveu como “um grande sucesso”.
O navio de guerra russo foi destruído em águas territoriais que pertencem legalmente à Ucrânia, perto de Alupka, no sul da península ocupada da Crimeia.
O porta-voz da Marinha ucraniana, Dmitry Pletchenchuk, disse à Radio Liberty que apenas cinco dos 13 navios da frota russa permanecem em serviço no Mar Negro.
O navio afundado pelo GUR e pelas forças armadas ucranianas tinha sido utilizado pela Rússia nas suas guerras na Ucrânia, Síria e Geórgia, acrescentaram os serviços secretos militares de Kiev.
De acordo com dados das forças armadas ucranianas, a Rússia perdeu um terço da sua frota do Mar Negro devido a ataques de ‘drones’ ou mísseis ucranianos desde o início da guerra.
Lusa