“Lamentamos informar que partiu o nosso governador de La Guaira, o General Chefe García Carneiro! Soldado patriota, leal, valente, um dos imprescindíveis!”, escreveu Delcy Rodríguez na sua conta da rede social Twitter, sem precisar a causa da morte.
A vice-presidente da Venezuela expressou condolências à família de García Carneiro e "ao povo ‘guaireño’” (de La Guaira), sublinhando que “a Venezuela perde um filho ilustre”.
O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, usou também o Twitter homenagear García Carneiro.
“Que dor ter de dizer adeus a um amigo, um irmão em vida (…) um revolucionário, trabalhador incansável pelo seu estado de La Guaira e leal à Pátria”, escreveu.
Segundo a imprensa local, o governador terá falecido de um problema cardíaco.
Descendente de portugueses, Jorge Luís García Carneiro era governador do Estado venezuelano de La Guaira (anterior estado de Vargas) desde 2008.
Formado em Ciências e Artes Militares, tinha um mestrado em Segurança e Defesa nacional e chegou a dirigir a Academia Militar da Venezuela.
Foi chefe da Casa Militar do ex-Presidente Hugo Chavez – que dirigiu a Venezuela entre 1999 e 2013 -, e em abril de 2012 integrou o grupo de oficiais que intervieram a favor de Chávez durante os eventos que afastaram, durante três dias, o líder socialista do poder.
Era militante do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, no poder) e foi comandante-geral do Exército e ministro da Defesa de Hugo Chávez.
Em maio de 2013, García Carneiro destacou a participação de empresas portuguesas em diversas obras de infraestruturas no estado de que era governador e mostrou-se aberto a mais investimentos portugueses.
"Esperamos toda a comunidade portuguesa neste estado com os braços abertos e quero dizer-lhes que todos os dias nos comprometemos mais com todos os nossos compatriotas", disse então à agência Lusa.
Em 2013, acusou os EUA de atacar o Governo de Caracas com quatro “guerras”: económica, política, psicológica e mediática.
Em fevereiro de 2019, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos sancionou quatro governadores venezuelanos, entre eles García Carneiro, a quem acusou de “corrupção endémica” e de “bloquear a entrega de ajuda humanitária, agravando assim o curso da crise humanitária” no país.