Segundo Maria Helena Camacho Correia a morte ocorreu pouco depois das 16:30 locais de domingo (21:30 em Lisboa) e o empresário deixa duas filhas e seis netos.
Descrito por vários empregados como “uma pessoa que ensinou muito, os valores, a ética do trabalho”, Manuel Correia nasceu na Ponta do Sol, Madeira e emigrou para a Venezuela em 28 de agosto de 1955, quando tinha 18 anos.
“Era honesto, tinha integridade, ética e moral. Praticava conceitos que antes não existiam: liderança, talento humano, ‘coach’ motivacional. Era uma pessoa excecional”, segundo Ricardo Alea, um dos seus 256 empregados.
Condecorado em 1993 com a Ordem (comenda) do Mérito ao Trabalho em Primeira Classe, Manuel Correia, dirigia, conjuntamente com a mulher e as filhas, a Aeroexpressos Executivos, uma das principais empresas do setor, fundada há 31 anos e conhecida por impulsionar a modernização do transporte de passageiros na Venezuela.
Foi também condecorado pela Polícia de Trânsito de Chacao (leste de Caracas), município onde fica situado o principal terminal terrestre da Aeroexpressos.
Piloto de aviação visual e instrumental desde 1980, Manuel Correia, foi ainda um dos fundadores e diretor das empresas ‘Transporte Belén’ (1973-1976), Transporte Pegamar (1976-1980), ‘Expressos Cantaclaro’ (1976-1994), ‘Recobus’ (desde 1998), ‘RV Rodovias de Venezuela’ (desde 1989).
Atualmente dirigia também a Turismo Executivo, conhecida por transportar várias equipas de basquetebol, futebol e de beisebol, na Venezuela.
Com operações limitadas devido à pandemia de covid-19, a Aeroexpresso Executivos realiza o transporte de passageiros entre Caracas (capital da Venezuela) e as cidades de Maracaibo, Barquisimeto, Maturín, Maracay, Valência, Acarígua, Guanare, Barinas, Guasdualito, Puerto La Cruz, El Tigre, Ciudad Bolívar, Upata, Santa Elena de Uairén.