Em conferência de imprensa, o diretor-geral da OMS adiantou que pelo menos cinco pessoas morreram devido à infeção provocada pelo vírus Monkeypox em África, continente onde a doença é endémica em alguns países.
Sobre a reunião do Comité de Emergência da OMS agendada para quinta-feira, Tedros Adhanom Ghebreyesus assegurou que, independentemente das recomendações que venham a ser emitidas pelos peritos, a OMS “continuará a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para ajudar os países a parar a transmissão e salvar vidas".
Esta será a segunda reunião do comité para analisar a evolução da Monkeypox, depois de no primeiro encontro, que decorreu no final de junho, os peritos terem considerado que a doença não representava uma Emergência de Saúde Pública de Preocupação Internacional (PHEIC, na sigla em inglês).
Com base numa nova avaliação, os peritos vão decidir se o surto cumpre agora os critérios para ser declarado como uma PHEIC, o nível mais alto de alerta decretado pela OMS, e que foi determinado para a covid-19 em 2020.
A PHEIC é definida como "um evento extraordinário, grave, repentino, incomum ou inesperado”, com implicações para a saúde pública para além da fronteira nacional de um Estado afetado e que pode exigir uma ação internacional imediata.
Os últimos dados semanais da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgados em 15 de julho, indicam que Portugal totalizava 515 casos de infeção pelo vírus Monkeypox confirmados em todas as regiões de Portugal continental e na Madeira.
Segundo a DGS, uma pessoa que esteja doente deixa de estar infecciosa apenas após a cura completa e a queda de crostas das lesões dermatológicas, período que poderá, eventualmente, ultrapassar quatro semanas.
Os sintomas mais comuns da doença são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, cansaço, aumento dos gânglios linfáticos com o aparecimento progressivo de erupções que atingem a pele e as mucosas.
Lusa