É a primeira vez que Moçambique ocupa o lugar. O país lusófono recebeu a totalidade dos 192 votos possíveis, o único a consegui-lo entre os cinco países que hoje concorriam a outras tantas vagas, de acordo com os resultados anunciados a partir da sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, quando eram 17:00 em Maputo (16:00 em Lisboa).
Moçambique representou a sub-região da África Austral nas eleições deste ano, de acordo com o padrão de rotação do Grupo Africano.
As eleições para os lugares atribuídos aos Estados-membros africanos são geralmente incontestadas, uma vez que o Grupo Africano mantém um padrão de rotação estabelecido entre as suas cinco sub-regiões (Norte de África, África Austral, África Oriental, África Ocidental e África Central).
Três assentos não permanentes são sempre atribuídos a África: um lugar é eleito a cada ano civil par, e dois são disputados durante anos ímpares.
Moçambique está entre cinco novos membros eleitos este ano (juntamente com Equador, Japão, Malta e Suíça) que ocuparão os lugares de 01 de janeiro de 2023 a 31 de dezembro de 2024.
Verónica Macamo, ministra dos Negócios Estrangeiros e Comunicação de Moçambique, disse na quarta-feira em entrevista à Lusa que a experiência do país no combate ao terrorismo em Cabo Delgado será importante nas novas funções.
"Levaremos não só a nossa experiência", mas também o relato "da prática que os terroristas usam para aterrorizar as pessoas, porque é para isso que existem, para destruir, para matar, para roubar, enfim, para fazer tudo o que é negativo, que prejudique as populações, que prejudique os países", lamentou.
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, marcou para o final do dia uma comunicação à nação a propósito da eleição de hoje.