O governador da região de Odessa, Maksym Marchenko, divulgou através da rede social Telegram que outras infraestruturas foram atingidas no ataque russo.
Pouco antes, Marchenko tinha indicado que as forças russas atacaram uma ponte estratégica no oeste do país, no rio Dniestre, única ligação ferroviária e principal ligação rodoviária para oeste de Odessa.
A ponte, no estuário do rio Dniestre, já tinha sido severamente danificada em dois ataques anteriores com mísseis russos e a sua destruição corta o acesso a carregamentos de armas e outras cargas a partir da Roménia.
Os ataques à ponte aconteceram depois de uma reivindicação por parte de um oficial superior das forças russas de que a Rússia pretende assumir o controlo de todo o sul da Ucrânia e construir um corredor terrestre para a região separatista da Transnístria, na Moldova, onde as tensões aumentaram recentemente.
A estimativa aponta para cerca de 1.500 soldados russos destacados nessa região.
Oficiais ucranianos e ocidentais manifestaram preocupação de que a Rússia pudesse usar a Transnístria para abrir uma nova frente na guerra contra a Ucrânia.
A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da Organização das Nações Unidas, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A guerra na Ucrânia, causada pela invasão russa do país, agravou a situação de crise energética em que a UE já se encontrava.
As tensões geopolíticas devido à guerra da Ucrânia têm afetado o mercado energético europeu, já que a UE importa 90% do gás que consome, sendo a Rússia responsável por cerca de 45% dessas importações, em níveis variáveis entre os Estados-membros.
Lusa