“Recebemos essa notícia enquanto decorria a reunião. Neste momento é prematuro falar. Essa vacina não foi ainda iniciada no território da União Europeia, estamos a receber as primeiras doses esta semana. Os efeitos adversos estão descritos, mas no balanço risco-benefício continuamos a saber que a vacina é a nossa melhor arma para sairmos desta doença”, explicou a governante.
Em declarações aos jornalistas após a reunião no Infarmed, em Lisboa, que juntou especialistas, membros do Governo e o Presidente da República para a avaliação da situação epidemiológica do país, Marta Temido reiterou a sua “confiança nas vacinas e naquilo que é o papel das autoridades” para levar a bom porto o combate à pandemia.
“[Pode haver] confiança nas autoridades reguladoras, sejam elas europeias ou outras autoridades, para continuarem a identificar eventuais reações adversas, para explicar com transparência, e para prosseguirmos naquilo que são os nossos planos de vacinação”, continuou.
O Centro para Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) e a Food and Drug Administration (entidade reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos) avançaram, numa declaração conjunta, estar a investigar coágulos sanguíneos detetados em seis mulheres nos dias a seguir a terem tomado a vacina (de toma única) desta farmacêutica, em combinação com contagens de plaquetas reduzidas.
O Comité Consultivo sobre Práticas de Imunização do CDC vai reunir-se na quarta-feira para discutir os casos e o FDA também lançou uma investigação. Mais de 6,8 milhões de doses da vacina Johnson & Johnson (J&J) foram já administradas nos Estados Unidos.
As primeiras 30 mil doses da vacina desta farmacêutica chegam a Portugal esta semana, sendo esperado que o país receba, ainda durante o segundo trimestre deste ano, 1,25 milhões de doses, do total de 4,5 milhões de doses que o país deverá ter disponíveis ao longo de 2021.
C/Lusa