Em nota de pesar após ter sido divulgada a morte do agente Fábio Guerra, que se encontrava em coma após ter sido alvo de violentas agressões à saída de uma discoteca de Lisboa no passado sábado, Francisca Van Dunem diz ter recebido com "profunda tristeza e consternação" a notícia do seu falecimento.
"Neste momento de grande dor, quero transmitir à família do agente Fábio Guerra, em meu nome e em representação do Ministério da Administração Interna e do Governo, o sentimento de solidariedade e de genuína condolência face à tragédia que se abateu sobre o seu ente querido", refere a nota.
Nas palavras da ministra, este é o momento de garantir a Fábio Guerra um "funeral digno da vontade de paz que evidenciou, da coragem que revelou e do exemplo que deu como cidadão e como agente da PSP".
A finalizar, Francisca Van Dunem reitera estar "segura de que as autoridades competentes tudo farão no sentido do rápido esclarecimento dos factos".
Hoje, em comunicado, a PSP informou que o agente, de 27 anos, morreu pelas 09:58 no Hospital de São José, em Lisboa.
A PSP expressou também “votos de pesar, apoio e solidariedade” à família e amigos e enalteceu Fábio Guerra por honrar “a sua condição policial e o seu juramento de ‘dar a vida, se preciso for’, num gesto extremo de generosidade e sentido de missão”.
A PSP assegurou ainda que “continuam em curso todas as diligências, em coordenação com a Polícia Judiciária, visando a identificação e detenção de todos os autores das agressões, que resultaram na morte” do agente.
Numa nota divulgada no sábado, a PSP referia que o incidente ocorreu na madrugada desse dia, pelas 06:30, "no exterior de um estabelecimento de diversão noturna, na Avenida 24 de Julho", tendo começado com agressões mútuas entre vários cidadãos.
Segundo relatou a PSP, no local encontravam-se “quatro polícias, fora de serviço, que imediatamente intervieram, como era sua obrigação legal”, acabando por ser agredidos violentamente por um dos grupos, formado por cerca de 10 pessoas. Os outros três agentes agredidos tiveram alta hospitalar este domingo.
A Marinha divulgou também no sábado que "dois militares, do regime de contrato, da classe de Fuzileiros, envolveram-se nos confrontos, na via pública, junto de um espaço noturno, “tendo posteriormente informado as respetivas chefias" do sucedido.
A Marinha adianta que mandou os dois militares apresentarem-se na respetiva unidade para responderem “a um inquérito interno” e estarem à disposição das autoridades que procedem às investigações.
Segundo a informação de sábado da Marinha, estes militares ainda não tinham sido notificados por nenhuma entidade policial, numa altura em que a investigação está a cargo da Polícia Judiciária (PJ). A Lusa já tentou hoje obter mais informações junto da Marinha, mas até ao momento sem sucesso.
Lusa