Os militares que integram a 9.ª Força Nacional Destacada integrados na Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da República Centro-Africana (Minusca), constituída maioritariamente por paraquedistas, receberam a medalha das Nações Unidas numa cerimónia que decorreu no Campo M’Poko, na capital, Bangui, segundo um comunicado emitido pelo Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA).
A cerimónia contou com a presença da adjunta do representante especial do secretário-geral da ONU, Lizabeth Cullity, e do comandante da força militar da Minusca, o tenente-general Daniel Sidiki Traoré.
Presentes, estiveram ainda os comandantes das diferentes missões da União Europeia na RCA e de outras forças que integram a Minusca em Bangui.
A “dedicação, espírito de sacrifício e profissionalismo” da 9.ª Força Nacional Destacada foi salientada por Cullity durante o seu discurso, que desejou ainda um “bom regresso a território nacional”, de acordo com a nota do EMGFA.
A RCA caiu no caos e na violência em 2013, após o derrube do então presidente, François Bozizé, por grupos armados juntos na Séléka, o que suscitou a oposição de outras milícias, agrupadas na anti-Balaka.
Desde então, o território centro-africano tem sido palco de confrontos comunitários entre estes grupos, que obrigaram quase um quarto dos 4,7 milhões de habitantes da RCA a abandonarem as suas casas.
O atual contingente português é composto por 180 militares, a maioria do 1.º Batalhão de Infantaria Paraquedista do Exército Português. A força será brevemente rendida pela 10.ª Força Nacional Destacada, “constituída maioritariamente por tropas especiais comandos”.