O pedido foi feito durante a cerimónia de beatificação da Mãe Carmen Rendiles como Beata pelo Vaticano, numa cerimónia que teve lugar no estádio de beisebol da Universidade Central da Venezuela. Rendiles é a terceira devota venezuelana beatificada, depois de Maria de San José e Candelária de San José.
"Papa Francisco, Papa Francisco", gritaram os católicos que pediram a Ângelo Amato, o enviado do Vaticano a Caracas, que o Santo Padre visite o país brevemente.
Os sacerdotes pediram aos venezuelanos para orarem e se unirem perante a grave crise político-social e económica que afeta a Venezuela.
O cardeal Baltazar Porras, arcebispo de Caracas, pediu ainda aos venezuelanos para que se concentrem nos "valores positivos" e se afastem da violência e do ódio.
A cerimónia de beatificação terminou com os milhares de católicos que nela participaram gritando "liberdade".
Carmen Rendiles foi beatificada depois de lhe serem atribuídos vários milagres de fé.
Entre eles está o da médica cirurgiã venezuelana Trinette Durán de Branger, que foi vítima de uma forte descarga elétrica quando realizava uma operação no Hospital Pérez Carreño de Caracas, em 2003.
A descarga queimou as luvas da médica e afetou três dedos de uma mão, paralisando depois o braço e causando incessantes dores.
Prestes ser operada, a médica apelou a Carmem Rendiles para que intercedesse na sua cura.
Em resposta, viu um raio de luz dirigir-se ao ombro e ficou restabelecida a mobilidade do braço e mãos, pelo que não chegou a ser operada.
Carmen Elena Rendiles Martínez nasceu em Caracas a 11 de agosto de 1903, sem o braço esquerdo. Dedicou a sua vida à religião tendo inclusive sido líder da Congregação de Servas de Jesus no Santíssimo Sacramento.
Faleceu a 9 de maio de 1977, devido a uma gripe. Os seus restos permanecem na Igreja do Colégio de Belém.
LUSA