"O sistema de saúde está sob uma pressão ameaçadora", declarou Ulrike Demmer numa conferência de imprensa, numa altura em que várias figuras políticas alemãs reclamam uma nova estratégia para a crise pandémica à escala nacional.
O número de pacientes em unidades de cuidados intensivos (UCI) “aumentou 5% num dia”, frisou a porta-voz do governo alemão.
A taxa de incidência acumulada num período de sete dias na Alemanha está atualmente em 110,1 casos por cada 100 mil habitantes, tendo o país registado 9.677 novos casos da doença covid-19 e 298 mortes nas últimas 24 horas, segundo os dados hoje divulgados pelo Instituto Robert Koch (RKI), a autoridade responsável pela prevenção e controlo de doenças no território alemão.
“Precisamos de uma incidência inferior a 100", disse Ulrike Demmer, advertindo que os dados atuais poderão estar subvalorizados por causa da pausa prolongada do fim de semana de Páscoa.
"É por isso que qualquer apelo para um confinamento curto e uniforme é justificado", prosseguiu.
O atual líder da União Democrata-Cristã (CDU), partido da chanceler alemã, e possível candidato para substituir Merkel (no poder há cerca de 16 anos) na liderança do país após as eleições gerais de setembro, Armin Laschet, pediu nos últimos dias um confinamento nacional de "duas a três semanas" para tentar reduzir a taxa de incidência de novos casos.
Uma pausa até que a campanha de vacinação comece a surtir efeitos no país, segundo o responsável, que não esclareceu se esse confinamento poderá implicar um novo encerramento das escolas e das creches.
C/Lusa