"No conjunto, e nestes nove meses de funcionamento, já distribuímos no total 29 toneladas de alimentos juntos destas comunidades que chegam a 100 famílias", afirmou no final de uma reunião de balanço do projeto-piloto de criação de Mercearias Sociais gerido pelo Banco Alimentar Contra a Fome (BACF), em parceria com a secretaria regional.
A governante acredita que, até ao final do ano, mais três serão criadas na região.
"O objetivo era, até 2019, ter cinco mercearias sociais a funcionar. Hoje foi o momento de avaliar e, neste momento, até ao final do ano pensamos que haverá condições de duas novas instituições se juntarem e poderem abraçar o projeto das mercearias sociais, designadamente a Presença Feminina e a Casa do Povo de Água de Pena, que é a primeira instituição fora do Funchal", neste caso em Machico, disse.
A secretária regional considerou que este projeto tem sido "positivo dentro das comunidades onde se insere com as duas mercearias, uma no Bairro do Hospital e outra em Santo António", ambas no Funchal.
Rita Andrade revelou que "a mercearia social de Santo António cresceu e evoluiu para uma horta social que contribui com frescos para a própria mercearia, fruto do trabalho da própria comunidade".
A governante disse ainda que "a localização não é exclusiva havendo outras famílias e pessoas de outras zonas próximas que pedem para estar inseridas no âmbito deste projeto".
O objetivo da mercearia social é dar mais dignidade às famílias, libertando-as da pressão social de se dirigir a instituições de apoio, podendo, numa lógica de proximidade (no seu bairro), estar num espaço onde podem selecionar os produtos de acordo com as suas preferências e necessidades e baseia-se num sistema de créditos por família, de acordo com as características do agregado familiar e as necessidades de cada família.