Numa conversa telefónica, a primeira mulher a ocupar o lugar de chefe do governo italiano disse a Stoltengerg que a NATO "é indispensável para defender a segurança e os valores comuns que caracterizam a identidade ocidental", indicou a Presidência do governo italiano em comunicado.
A líder dos Irmãos de Itália (FdI) também reafirmou "a importância, como parte de uma abordagem global, de reforçar o compromisso da NATO em combater as ameaças de vários tipos vindas de todas as direções estratégicas, incluindo os desafios do sul".
Meloni, que manifestou a esperança de se encontrar em breve e pessoalmente com Stoltenberg, tem insistido nos últimos dias no apoio à NATO e à Ucrânia por parte do seu partido e da coligação governamental de direita, que lidera, juntamente com os seus parceiros, a Liga, de Matteo Salvini, e o Força Italia, de Silvio Berlusconi.
No discurso de investidura perante a Câmara dos Deputados, na passada terça-feira, em que apresentou o programa de governo para os próximos cinco anos, reiterou que a Itália continuará a ser um parceiro leal da NATO e, citando o "corajoso povo ucraniano", afirmou que vai respeitar os compromissos internacionais para o ajudar a defender-se da "chantagem de (Presidente russo, Vladimir) Putin."
Berlusconi também declarou quarta-feira no Senado, onde regressou após nove anos de afastamento, a sua lealdade ao Ocidente, à União Europeia e à Aliança Atlântica, depois de recentes declarações, divulgadas pela imprensa, em que se gabava da sua amizade com Putin e atribuía responsabilidades pela guerra o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, despertando a raiva de Meloni.
"Sobre isso, a nossa posição é firme e absolutamente clara, e não pode ser questionada por ninguém ou por qualquer motivo", prometeu o polémico político conservador de 86 anos.