"O ano de 2020 foi um ano anómalo e a indústria farmacêutica foi afetada pela pandemia como toda a restante economia. Ainda assim, a poupança promovida pelos medicamentos genéricos atingiu um valor recorde", realçou à Lusa Maria do Carmo Neves, presidente da Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (Apogen).
Segundo a responsável, os dados do contador ‘online’ lançado no ano passado pela Associação Nacional de Farmácias (ANF) e pela Apogen, demonstram "a importância e relevância destes medicamentos no equilíbrio do sistema de saúde", isto "num ano de crise sanitária com impacto direto na economia das famílias".
Paralelamente, os indicadores mostram que, pela primeira vez, registou-se uma quebra de 1,3 milhões de embalagens no consumo de medicamentos genéricos, ainda que o valor da poupança tenha subido 14 milhões de euros em 2020 face ao ano anterior.
Maria do Carmo Neves explicou a queda das vendas com a redução de doenças, como por exemplo a gripe, no ano passado, devido a todos os condicionalismos provocados pela pandemia de covid-19, como é o caso das medidas de confinamento, que deixam os portugueses "muito mais protegidos contra outro tipo de doenças".
Quanto à subida do valor da poupança gerada com os medicamentos genéricos, a líder da Apogen apontou para o facto de vários produtos de referência terem perdido a patente, permitindo uma redução dos custos quer para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), quer para os utentes.
C/Lusa