"A Marinha está a fazer um esforço no sentido de podermos utilizar os navios oceanográficos NRP Gago Coutinho e NRP D. Carlos como instrumentos de mapeamento do mar português, um processo que vai ser longo, 10 a 20 anos", disse, após uma audiência com o representante da República para a Madeira, Ireneu Barreto.
O Chefe de Estado Maior da Armada sublinhou que, tendo em conta a possibilidade de as Nações Unidas aprovarem a proposta de extensão da plataforma continental, é necessário investir no conhecimento científico do mar.
"Pretendemos que outras entidades se juntem a nós, entidades governamentais, empresariais, universidades, empresas, cientistas, neste grande desígnio que é conhecer as profundezas do mar português", disse, vincando que o oceano vai ser um dos "principais ativos" do país em termos desenvolvimento e de afirmação internacional.
Mendes Calado reconheceu que o mapeamento do mar é um projeto com custos elevados, mas sublinhou que o importante é "não perder o rumo".
"Nós não temos alternativa: temos de caminhar no sentido de retirar do mar o máximo de potencial para o nosso futuro coletivo", reforçou, acentuando que "os meios vão ser os que o país conseguir".
O Chefe de Estado Maior da Armada encontra-se na Madeira para apresentar cumprimentos às entidades regionais, na sequência da sua tomada de posse, em março deste ano, tendo salientado que a Marinha, neste momento, possui na região autónoma os meios e os recursos necessários para o cumprimento da sua missão.
C/ LUSA