"Os dois Chefes de Estado partirão hoje, dia 30 de dezembro, do aeroporto da Portela para a cidade de Brasília no mesmo voo da TAP para participarem na cerimónia oficial de tomada de posse presidencial de Lula da Silva no próximo domingo, dia 1 de janeiro de 2023, para um mandato com duração até 31 de dezembro de 2026", lê-se numa nota enviada à Lusa pela Presidência de Timor-Leste.
"Aquando do anúncio oficial dos resultados das eleições presidenciais no Brasil, o Presidente da República de Timor-Leste saudou a vitalidade da Democracia Brasileira, afirmando que a sua eleição de Lula da Silva é uma boa noticia para o mundo e considerou que era o líder ideal para pacificar o Brasil, trazendo um novo fôlego à cena internacional e restaurando o diálogo e as relações de cooperação com vários países no mundo, designadamente, Timor-Leste.
A viagem conjunta dos chefes de Estado de Portugal e Timor-Leste foi acordada durante a visita de Ramos-Horta a Portugal, em outubro, lembra a nota de imprensa, que salienta ainda que "durante os anos de perseguição política contra o agora reeleito Presidente Lula da Silva, o Presidente e Premio Nobel da Paz José Ramos-Horta foi um acérrimo defensor do Presidente Lula da Silva, considerando-o um preso político".
Na visita a Brasília, Ramos-Horta vai reunir-se com o novo Presidente brasileiro, com o presidente do Parlamento da Argélia, Salaj Goudjil, e participará no "jantar oferecido pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa na embaixada de Portugal no Brasil, com vários representantes de países da CPLP".
Na posse de Lula da Silva são esperados pelo menos 19 chefes de Estado, incluindo o rei de Espanha e os presidentes da Alemanha, de Angola, Argentina, Bolívia, Cabo Verde, Chile, Colômbia, Equador, Guiné-Bissau, Peru, Timor-Leste e Uruguai, entre outros.
Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), que já cumpriu dois mandatos como Presidente do Brasil, entre 2003 e 2011, foi eleito novamente para o cargo, em 30 de outubro, à segunda volta, com 50,9% dos votos, numa eleição em que derrotou o chefe de Estado brasileiro em exercício, Jair Bolsonaro.