Em declarações aos jornalistas na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, em Carnaxide, Oeiras (Lisboa), depois de participar na reunião do Centro de Coordenação Operacional (CCON), Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado se considera que Portugal está mais bem preparado para lidar com os incêndios do que em 2017, quando ocorreu a tragédia de Pedrógão Grande.
“Isso não tem comparação. Quando eu recordo 2017, e recordo a realidade que existia em termos de estruturas de informação que havia – e havias muitas já – mas esta é mais sofisticada: de entidades envolvidas, de coordenação de entidades… Não há comparação”, respondeu o Presidente da República.
Marcelo sublinhou que a “informação hoje disponível é muito melhor do que jamais foi, muito melhor em todos os domínios”.
“Sabemos mais e conhecemos melhor: isto permite prever melhor, planear melhor e prevenir melhor. (…) Hoje é possível acompanhar, mais do que nunca, minuto a minuto, em todo o território nacional e nomeadamente território continental”, referiu.
O chefe de Estado considerou que “não há dúvida” que se “aprendeu muita coisa” com os incêndios de 2017, ressalvando, no entanto, que nunca se aprenderá tudo e que é “preciso aprender muito mais nesta realidade”.
“Vemos os Estados Unidos da América – grande país – que, mesmo aprendendo tudo, é um drama o que acontece com os fogos florestais todos os anos, e mesmo países europeus, mais variados, a começar no país vizinho [Espanha], que está sempre a aprender, porque é cada vez mais complicada e imprevisível a situação”, indicou.