“Logo que eu me pronunciei sobre essa matéria em público [perguntou o primeiro-ministro] se houvesse um processo, isto já lá vão uns meses, se eu estaria na disposição de me pronunciar sobre esses pontos nos termos em que o fiz na comunicação social, eu disse: pois se é algo que eu disse na comunicação social, tenho de o dizer em tribunal”, justificou Marcelo Rebelo de Sousa, depois de questionado sobre se António Costa lhe tinha pedido para ser testemunha neste processo.
À margem do Fórum da Sustentabilidade, a decorrer desde quinta-feira em Matosinhos, no distrito do Porto, o chefe de Estado referiu ter o dever de colaborar com a justiça dizendo em tribunal aquilo que disse em público já há uns meses.
O primeiro-ministro apresentou em 27 de abril uma ação cível contra o ex-governador do Banco de Portugal Carlos Costa, na qual pede que seja condenado “a retratar-se das afirmações” sobre pressões relativas a Isabel dos Santos.
Num livro, Carlos Costa acusa António Costa de o ter pressionado para tratar bem a empresária angolana Isabel dos Santos, na altura acionista do banco BIC, por ser "filha de um Presidente de um país amigo de Portugal", o que o primeiro-ministro negou.
O Expresso noticiou esta quinta-feira à noite que o Presidente da República aceitou ser testemunha no processo cível que António Costa decidiu avançar contra o ex-governador do BdP Carlos Costa.