Em resposta, os manifestantes iludiram a segurança policial e marcharam até à sede da Organização de Estados Americanos (OEA), em Caracas, para pedir mais pressão internacional contra o que dizem ser uma fraude eleitoral.
Os manifestantes entregaram um documento à OEA e também à delegação da União Europeia, onde explicam também que convocam os venezuelanos a uma tomada de posição silenciosa durante o dia das eleições.
"Estamos a convocar para o silêncio. Que a 20 de maio todos fiquem em casa. Que vão à missa com a bandeira da Venezuela na mão, em símbolo de protesto", explicou a deputada Delza Solórzano.
Em representação da Frente Ampla Venezuela Livre, da oposição, a deputada explicou aos jornalistas que pediram à OEA e à UE que "não reconheçam os resultados" das eleições presidenciais, por falta de garantias de que seja um processo livre e transparente.
As eleições presidenciais antecipadas, na Venezuela, contam com quatro candidatos: Nicolás Maduro, do Partido Socialista Unido da Venezuela, que concorre à reeleição para um novo mandato de seis anos, Henri Falcón, da Avançada Progressista (dissidente do chavismo), Javier Bertucci de El Cambio e Reinaldo Quinada de UPP89.
A oposição não apresentou candidatos e dois outros, Francisco Visconti Osório e Luis Alejandro Ratti, não formalizaram a candidatura.
Durante a marcha até à OEA a oposição pediu que os aspirantes à Presidência da República desistam das eleições e deixem o chefe de Estado sozinho num processo que dizem ser "uma farsa para legitimar uma ditadura".
LUSA