Segundo um responsável da autoproclamada República Turca do Chipre do Norte (RTCN), a mancha de 20.000 toneladas de petróleo formou-se no Mediterrâneo após uma fuga de hidrocarbonetos na semana passada na central elétrica de Banias, cidade costeira síria a cerca de 160 quilómetros de Chipre.
“Enfrentamos uma grande catástrofe. São 20.000 toneladas de petróleo (…) A mancha está a 31 quilómetros ao largo da costa cipriota”, afirmou Erol Adalier, do centro de mergulho Deep Diving Center, que participa nas operações para conter a propagação da mancha na península de Carpas, no norte da ilha.
O ministro da Eletricidade da Síria anunciou uma fuga da central de entre duas a quatro toneladas de combustível.
Segundo Adalier, a RTCN tem falta de meios para enfrentar esta maré negra, sendo necessária a cooperação internacional.
A Turquia, o único país que reconhece a RTCN, enviou equipas e navios, disse o vice-presidente turco, Fuat Oktay, na segunda-feira.
Para muitos especialistas, é essencial uma ação conjunta com a República do Chipre.
“Este não é um problema que apenas diz respeito ao norte de Chipre. Devemos agir em conjunto com o sul”, afirmou Cemaliye Ozveren Ekinci, presidente da câmara dos engenheiros do ambiente da RTCN, à agência cipriota turca TAK.
“Deve ser estabelecido um plano de ação comum com os interlocutores cipriotas gregos. O que precisa de ser feito pelo futuro comum da nossa ilha deve ser submetido aos líderes políticos”, indicou a câmara dos engenheiros geológicos da RTCN.
Chipre está dividida desde 1974 entre a República de Chipre – membro da União Europeia – que exerce a sua autoridade no sul e a RTCN, autoproclamada em 1983.