Segundo contou à agência Lusa o presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH), Rui Lázaro, são mais de 200 os técnicos que reclamaram e viram a sua exclusão do concurso agora revista, sendo readmitidos.
“Quer dizer que mais de metade dos candidatos que tinham sido excluídos foram agora readmitidos, por [causa de um] erro administrativo na apreciação documental. Isto é muito grave, numa altura fundamentalmente em que o INEM está tão carente de técnicos de emergência pré-hospitalar”, sublinhou o responsável.
Lamentando que a falta de atractibilidade da carreira faça com que os candidatos já sejam poucos, Rui Lázaro antevê que as vagas disponíveis possam não vir a ser preenchidas.
“Erros desta escala são inadmissíveis”, sublinhou, relevando que o sindicato já enviou um pedido formal ao presidente do INEM para que “reveja e substitua” todos os elementos do júri, considerando que “ deixaram de estar reunidas as condições para que este concurso, com este júri, possa decorrer de forma justa, séria e eficaz”.
Questionado pela Lusa sobre que tipo de erros de análise na exclusão motivaram estas readmissões, Rui Lázaro disse: “Já tínhamos recebido vários contactos de candidatos que referiam ter entregue toda a documentação necessária e que teriam sido excluídos, nomeadamente, por não terem o averbamento da carta de condução, quando, por terem licença de condução de veículos pesados, dispensam tal averbamento”.
“Pensamos que este possa ter sido um dos fatores que excluiu mais candidatos. A ser verdade, é um erro muito grave e que um júri de um concurso com esta importância não pode ter nem pode cometer”, acrescentou.
Em meados do mês, o STEPH já tinha dito que estava “com muita preocupação” sobre a lista de candidatos admitidos a concurso, temendo que não se atingissem sequer os 25% de profissionais contratados nos anteriores concursos.
Segundo o STEPH, a lista inicial contemplava 407 candidatos admitidos – para 200 vagas – e excluiu 419, mais de metade dos quais agora acabaram readmitidos, depois de terem sido reconhecidos erros na análise destes casos.
Os candidatos admitidos a concurso terão agora que passar por diversas fases, que contemplam a prova de conhecimentos, a avaliação curricular, a prova de condução base, a avaliação psicológica, provas físicas e o curso de condução defensiva. A seguir, segue-se a formação, que também pode excluir alguns candidatos.
Quando anunciou que o Governo tinha autorizado a contratação de 200 TEPH, em agosto, o INEM veio explicar que o novo concurso previa a distribuição de vagas ao nível regional, com maior oferta para a Delegação Regional do Norte, com 90 vagas, seguindo-se a Delegação Regional de Lisboa, Vale do Tejo e Alentejo, com 50 vagas, a Delegação Regional do Centro, com 40 vagas, e a Delegação Regional do Algarve, com 20 postos de trabalho.
Lusa